Professor, historiador, documentalista e activista social.

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

um homem, deve ter principios e objectivos. Pois eh o que faz a vida ter sentido SHALOM

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Amilcal Cabral Nasceu em Bafatá, no centro da Guiné portuguesa. O pai, Juvenal da Costa Cabral, professor primário e ex-seminarista e a mãe, Iva Pimentel Évora, ambos oriundos de Santiago em Cabo Verde, conheceram-se na Guiné. Após o regresso à terra natal, o casal separa-se, ficando o jovem Amílcar ao cuidado da mãe. Em 1933 foi frequentar a escola primária na Cidade da Praia, tendo em 1944, concluído o ensino secundário no Mindelo, com elevada distinção. Após o seu regresso à Praia, emprega-se como ajudante na Imprensa Nacional, sem no entanto, abandonar a ideia de continuar os estudos. Em 1945, obtém uma bolsa de estudos da Casa dos Estudantes do Império, em Lisboa. Com 21 anos, parte para Portugal onde conclui o curso de engenharia agrónoma, no Instituto Superior de Agronomia. Na sua estadia em Portugal, distinguiu-se como aluno, intelectual, dançarino, desportista e como impulsionador de diversas atividades culturais e políticas, nomeadamente as que desenvolveu na Casa de África, na Casa dos Estudantes do Império e no Centro de Estudos Africanos. É de destacar os vários trabalhos realizados sobre a questão da identidade africana, ou como ele próprio gostava de dizer, sobre a “reafricanização dos espíritos”. Foi precisamente na Casa dos Estudantes do Império, que Amílcar Cabral conheceu outros futuros dirigentes africanos, entre os quais se destacariam os angolanos Agostinho Neto e Mário de Andrade, o são-tomense Francisco José Tenreiro e os moçambicanos Eduardo Mondlane e Marcelino dos Santos, todos eles empenhados na causa da “reafricanização dos espíritos”. Após concluir, uma vez mais, com elevada distinção o curso, regressou à Guiné, onde a 22 de Setembro de 1952, tomou posse do cargo de diretor do Posto Agrícola Experimental de Pessubé, em Bissau. Em agosto de 1953, foi encarregado pelo Governo da Província de “estudar, planear e executar o recenseamento agrícola, cuja realização, lhe deu um profundo conhecimento da sociedade local. As suas preocupações sociais e políticas, levaram-no a envolver-se em diversas movimentações anticolonialistas. Em 1954, esteve na origem da criação da Agremiação Desportiva e Recreativa de Bissau, que entretanto não foi autorizada pelo regime, por ser considerada “suspeita”. Foi aconselhado a abandonar a Guiné em 1955, podendo no entanto visitar a sua mãe uma vez por ano. Decide fixar-se em Lisboa, contudo, numa das suas visitas à Guiné, cria em setembro de 1956, juntamente com Aristides Pereira, Luís Cabral (seu irmão), Júlio Almeida, Fernando Fortes e Eliseu Turpin, o Partido Africano da Independência (PAI) o qual, em outubro de 1960, dará origem ao PAIGC – Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde. De regresso a Lisboa, funda, juntamente com outros africanos nacionalistas de Angola e Moçambique, o MAC – Movimento Anti Colonial. Amílcar Cabral dedicou a sua vida à libertação do seu povo e à luta contra o regime colonial português. Foram três a ideias-chave do seu idealismo político: a solidariedade interafricana, a construção de uma sociedade mais justa e liberta da opressão colonial e a unidade da Guiné e Cabo Verde. Em Angola, enquanto trabalhava como engenheiro agrónomo. Até finais de 1959, reside em Lisboa, mas desempenha diversas atividades profissionais em Angola, onde simultaneamente, participa na formação do MPLA. Em janeiro de 1960, abandona definitivamente Lisboa, para liderar a luta de libertação nacional na Guiné, onde a causa da independência ia ganhando adeptos, impulsionada pelo exemplo de países vizinhos, como a Guiné-Conacri, que tinha conquistado a independência dois anos antes. O regime português, fruto da observação de outros movimentos independentistas que tinham levado a bom porto os seus intentos em outros países africanos, atuava com dureza perante qualquer atitude de contestação. O momento mais marcante, ocorreu a 3 de agosto de 1959 em Pidgiguiti, quando as forças fieis ao regime, carregaram violentamente contra uma manifestação de trabalhadores portuários que exigiam melhores condições, e da qual resultaram dezenas de mortos e feridos. Após os acontecimentos de Pidgiguiti, Amílcar Cabral promove a mudança da agitação nacionalista para uma estratégia de libertação nacional, através da mobilização de camponeses, por forma a preparar a luta armada e a instalação do PAIGC em Bissau. Esta “matança”, como foi chamada pelos nacionalistas, marcou definitivamente o rumo do Partido, que um mês depois dos acontecimentos, realizou uma conferência clandestina onde decidiu preparar-se para o início da luta armada. Em 1960, Amílcar Cabral denúncia internacionalmente o colonialismo português e participa na formação de células unitárias de luta, o que faz com que abandone a clandestinidade e se instale definitivamente em Conacri. Em Conacri, com o irmão Luís e Aristides Pereira [su_spacer] Em fevereiro de 1962, o regime português efetua uma série de detenções em Bissau, que conduzem à prisão de centenas de pessoas, entre as quais Rafael Barbosa, o número dois na hierarquia do Partido, o que atrasou algumas ações políticas previstas para a capital A 3 de agosto de 1961, o PAIGC solidariza-se com o MPLA e proclama prematuramente a “ação direta”. Antes de iniciar o confronto armado, o PAIGC enviou várias propostas ao governo português para que este desse oportunidade ao povo da Guiné e Cabo Verde de decidirem livremente o seu destino. A última, em outubro de 1961, exigia o direito à autodeterminação, advertindo que a sua recusa iniciaria a luta armada. A proposta não obteve qualquer resposta, pelo que o conflito de tornou-se inevitável. A fase que antecedeu os combates, teve especial importância para o PAIGC, pois muitos dos seus quadros, preparados clandestinamente em Conacri, passariam clandestinamente a fronteira para irem viver no seio das comunidades locais, onde levaram a cabo um permanente trabalho político. Estes militares, a maioria originários das cidades, foram especialmente formados para compreenderem o pensamento político das comunidades rurais. O seu maior êxito foi junto da etnia balanta, a maior e com mais dispersão geográfica, cujo núcleo principal vivia no Centro da Guiné, em zona altamente florestal e de difícil penetração e com contactos nas fronteiras da Guiné-Conacri e do Senegal. [su_spacer] Cabral e Otto Schacht, na Guiné A 23 de janeiro de 1963, inicia-se no Sul do território, a luta armada de libertação nacional. Durante 1964, conforme refere o comando militar na Guiné, a situação no terreno é “gravíssima” e o PAIGC começa a ser considerado o mais consequente movimento de libertação africano. Em 1966, Amílcar Cabral destaca-se pelo teor da sua intervenção realizada em Havana, na Conferência Tricontinental. Fruto dos grandes avanços militares conquistados pelo PAIGC no terreno, Amílcar Cabral considera a situação guineense comparável à de “um Estado independente, onde os centros urbanos se encontram ocupados por forças estrangeiras”. Contudo, fruto de uma manobra militar encabeçada pelo general Spínola, em que subordina o desenvolvimento socioeconómico das populações, o equilíbrio militar instala-se e sustém-se o ímpeto da ofensiva do PAIGC, obrigando Amílcar Cabral a deslocar a guerra para o plano diplomático. Cabral e a delegação da Tricontinental, Havana, 1966 1970 foi um ano pleno de atividade para Amílcar Cabral. Em fevereiro, desloca-se aos Estados Unidos, onde numa cerimónia de homenagem a Eduardo Mondlane, discursa perante a Comissão de Negócios Estrangeiros do Congresso. Em abril, na URSS, participa nas comemorações do centenário de Lenine e em junho, participa na Conferência Internacional de Apoio aos Povos das Colónias Portuguesas, realizada em Roma, onde também por esta ocasião é recebido em audiência pelo Papa Paulo VI. O ano de 1971 é marcado por várias viagens onde espera apoios para a causa da independência. Visita vários países do bloco comunista, está presente no congresso do Partido Social-Democrata realizado na Suécia, e em agosto, desloca-se a Helsínquia, a Londres e a Dublin. Em 1972 intensifica os contactos em prol da luta de libertação nacional e discursa, a 1 de fevereiro, perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, reunido em Adis Abeba e onde convida uma missão da ONU a visitar as regiões libertadas. A visita viria a ocorrer de 2 a 8 de abril desse mesmo ano. Viria a influenciar decisivamente o reconhecimento internacional do PAIGC como o único e legítimo representante do povo da Guiné-Bissau e Cabo Verde. Amílcar Cabral com os camaradas, a caminho de Cassacá. Uma vez mais, tenta entrar em conversações com o governo português, ao mesmo tempo que se realizavam, nas regiões libertadas, eleições para uma Assembleia Nacional Popular, cuja finalidade seria a declaração unilateral de independência. Na noite de 20 de janeiro de 1973, uma complexa teia de conspiradores irá assassiná-lo. O seu desaparecimento teria profundas repercussões no futuro do PAIGC, na descolonização portuguesa e na história da Guiné-Bissau e Cabo Verde. Contudo, não alterou o processo que, como ele mesmo dizia, estava “em andamento”. Portugal viria a reconhecer a independência da Guiné-Bissau a 10 de Setembro de 1974 e Cabo Verde proclamaria a sua soberania a 5 de Julho de 1975. Desderio, Estudante de Historia.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Turismo Segundo OLIVEIRA (2002:36), Turismo é deslocação e permanência das pessoas fora do seu local habitual de residência, motivadas por lazer, recreio e outras actividades mais que não incluam as de carácter meramente lucrativo num período superior a 24 horas e inferior a 12 meses; Turista é todo o visitante temporário que permanece no local visitado mais de 24 horas; Excursionista é todo o visitante temporário que permanece fora da sua casa habitual menos de 24 horas; Visitante é toda a pessoa que se desloca temporariamente para fora da sua residência habitual quer seja no seu próprio pais ou no estrangeiro por uma razão que não seja de ai exercer uma actividade remunerada. 6.1 A Evolução Histórica do Turismo Conforme IGNARRA (2007:2), o turismo na antiguidade surgiu quando o homem se tornou capaz de locomover a grandes distancias, em busca de satisfação para o corpo e para o espírito, pelo comércio, surgiu na Babilónia, por volta 4 mil antes de Cristo. 6.2 Na idade Media destacamos Vaticano, Meca, Medina, Jerusalém, Palestina e Predominação de Muçulmanos turistas a meça na arábia saudita, Ásia; na Idade media as famílias fidalgas e nobres enviavam os seus filhos para estudar nos grandes centros culturais da Europa, nasciam assim as viagens de intercâmbio cultural Grécia e Roma (IGNARRA, 2007:2) 6.3 O turismo na Idade Moderna e na Idade Contemporânea Com o surgimento do capitalismo, as viagens foram se multiplicando, criaram-se extensas rotas comerciais na Europa, pioneiras das auto-estradas actualmente existentes, o processo técnico cientifico, aperfeiçoamento dos meios de transporte e comunicação, redução da carga horária do trabalho, reposo semanal, ferias anuais remuneradas, busca de repouso e recuperação física e mental foram factores que permitiram o grosso modo de turistas internacionais, avanços tecnológicos e o fenómeno de globalização (IGNARRA, 2007:6) Os tipos de Turismo Segundo BAPTISTA (1997:38), os tipos de turismo são: Turismo de Massa, Individual, Emissivo, Local, Regional, Domestico ou Nacional, Internacional de lazer, Literário, de Aguas terminais, Cultural, Desportivo, de Negócios, Religioso, Ambiental e Ecológico ou Ecoturismo. 6.5 Principais centros turísticos do mundo Conforme IGNARRA (2007:8), os principais centros turísticos do mundo são: Franca, EUA, Espanha, China, Índia, Itália, Reino Unido, Turquia, Alemanha, Malásia, México. 6.6 Importância do Turismo Geração de divisas, distribuidor de rendimentos económicos no Mundo, Gerador de empregos, exemplo empreendimento Hoteleiro e consumidor de produtos e serviços variados deste matérias de limpeza e de escritório e bebidas, roupas, equipamentos e serviços de recriação e de segurança, preservação do património cultural e natural e permite o intercambio cultural entre os povos de todo o mundo (IGNARRA, 2007:9). Impacto do turismo Impacto em turismo, é o resultado da interacção entre os turistas, as comunidades locais e os meios receptores. Impactos positivos: Geração de empresas, construção de equipamentos; elevação dos níveis culturais e profissionais; modificação positiva da estrutura económica e social; atracão de mão-de-obra de outras localidades; incrementa a produção de bens e serviços; aumenta o consumo pelos produtos locais desde hortícolas frutícolas ate artesanato; Investimentos estrangeiros; Maior arrecadação de impostos. (www.jcnavegatur.blogspot.com) Impactos Negativos Sazonalidade turística, inflação e especulação imobiliária; dependência excessiva de capital investidor estrangeira, marginalidade e prostituição; aumento de crimes.Descaracterizcao da cultura do lugar.(www.jcnavegatur.blogspot.com). Trabalho elaborado por Desderio Supeia

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Os historiadores devem viver para continuar a fazer a historia, na qualidade de pequeno historiador diria que em historia nada apodrece. um pais ou nacao sem historia considero como uma sociedade morta pois, nao ha o que a identifique Ser um espelho fiel da verdade historica contar e recontar os factos passados de modo a compreende-lo e perspectivar o futuro (...)

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

• Estado de Gaza O Estado de Gaza, também conhecido como império de Gaza, abrangia no seu apogeu toda a área costeira entre-os-rios Zambeze e Maputo e tinha a sua capital em Manjacaze na actual província Moçambicana de Gaza. Foi fundado por Sochangane, também conhecido por Manicusse (1821-1858) como resultado do M´fecane. Havia um grande número de chefaturas e de reinos com agregados populacionais entre três e vinte mil habitantes e cujos chefes tinham um nível de vida superior ao da população, devido aos tributos que dela recebiam. Uma grande parte da África Austral, conheceu uma estrutura política semelhante. Esta situação modificou-se como resultado de um período de lutas e de transformações políticas conhecidas por M’Fecane que tiveram lugar numa região a que veio a ser conhecida por Zululândia. Importa referir que este período de lutas e de transformações políticas foi seguido de um extenso movimento de emigrantes Ngunis. Estas migrações que ocorreram por volta da segunda metade do século XVIII, tiveram como causas: – O crescimento da actividade comercial com a baia de Maputo (os Ngunis exportavam marfim e importavam missangas e outras especiarias), provocando conflitos inter-linhagens para o controlo das rotas comerciais ao longo do litoral e para o interior. – Nos finais do século XVIII e princípios do século XIX, os conflitos foram agudizados por uma crise ecológica, pois que seguiram-se sucessivos anos de seca e fome. Esta crise teria feito oscilar a estabilidade agropecuária anterior, intensificando os conflitos inter-linhagens para o controlo dos recursos económicos mais favoráveis para a agricultura e para a pastorícia. Durante as lutas, o número dos reinos tendia a diminuir e entre 1810-1815, tinha-se destacado dois principais reinos: o reino de Nduandue, chefiado por Zuide e o reino de Mtetua chefiado por Dingsuayo. Os outros ou tinham desaparecido ou se tinham tornado vassalos destes dois principais reinos. O exército destes reinos era formado por jovens da mesma idade recrutados dos reinos vassalos. As promoções destes jovens dependiam do desempenho de cada um ou do prestígio da sua família. Entre 1816-1821, estes dois reinos entraram em conflitos culminando com a derrota e morte de Dingsuayo, rei de Mtetua. Com a morte do rei Dingsuayo um dos seus chefes militares Shaca tomou o poder entre 1818-1828, sendo este da linhagem Zulu e ficando o reino conhecido por Zulu. Após um novo confronto sob tutela de Shaca, o reino Mtetua alcançou a victória. Assim, uma parte dos Nduandue submeteu-se ao vencedor e outra entre 1820-1821 refugiou-se em terras fora do alcance imediato de Shaca. Entre os emigrantes encontravam-se Zuangedaba, Ngaba Msane, Nguana Maseko e o Sochangane. Este último é que veio a se fixar na região onde se formou o estado de Gaza. O Sochangane fundador, se tornou o primeiro rei de Gaza entre 1821-1858. Ele conseguiu efectuar várias conquistas através de uma política de assimilação dos povos locais. O poder do Estado de Gaza aumentou na medida que aumentavam os súbditos. O rei de Gaza vendia marfim que recebia como tributo e pronunciou-se contra a exportação clandestina de escravos. O espaço geográfico ocupado pelo Estado de Gaza correspondia as actuais províncias moçambicanas de Gaza, Inhambane, Maputo, Manica e Sofala, habitado por vários grupos étnicos como os Tsongas, Chopis, Bitongas, Ndaus, Shonas e a população mista goesa-portuguesa, resultante dos prazos. Depois da morte de Sochangane, subiu ao trono, o seu filho Maueue. Este novo rei no sentido de aumentar o seu património, resolveu atacar os seus irmãos, hostilizou os seus vassalos e alguns povos vizinhos, criando um grande número de inimigos internos e externos, pois atacava os caçadores de elefantes que vinham de Lourenço Marques. Em 1861, uma coligação formada por descontentes da aristocracia Nguni e por algumas populações do vale do Inkomati e por alguns comerciantes de Marfim, interessados na caça ao elefante decidem apoiar Mzila, irmão mais velho de Maueue. Depois de um longo período de guerras que se prolongou até 1864, Mzila sai vitorioso. Em 1862, a capital de Gaza é transferida para Mossurize, ao norte do rio Save, nas vertentes orientais de Chimanimani, onde Ngungunhana filho de Mzila ascendeu ao poder, já em 1884. A mudança da capital para Mossurize, deve-se a instabilidade da região entre a Baia de lagoa e Swazilândia por causa da fome e uma forte epidemia de varíola como consequência da guerra civil. Gungunhana e suas esposas Novamente a capital de Gaza é transferida para Mandlakazi (grande força), actual Manjakaze em 1889. Uma das razões da mudança da capital teria sido de evitar pressões de Manica, pois os portugueses e os ingleses queriam recomeçar a mineração do ouro. Outro factor teria sido o facto de que o vale do Limpopo e as zonas vizinhas possuíam todos os recursos que já começavam a escassear em Mossurize. Este praticava a caça e a pesca. Praticavam a agricultura, cultivando a Mapira, Mexoeira, Milho e a Mandioca, para além da criação do gado bovino. Todos os reis de Gaza fixavam as suas residências em zonas adaptadas a criação de gado Bovino e à Cultura de Milho.já antes da vinda dos Ngunis, as zonas montanhosas de Mossurize eram conhecidas pelo seu gado bovino. Tanto nas sociedades satélites, como no núcleo central Nguni do Estado, existia uma nítida divisão em classes sociais. O núcleo central encontrava-se no topo uma alta aristocracia de elementos da linhagem do rei (descendentes do avô ou do bisavô paterno do rei), depois uma média aristocracia composta por Nguni de menor categoria e ainda uma camada de assimilados, muitos dos quais tinham sido originariamente cativos de guerra. Estes últimos eram designados por cabeças (Tinhloko). As mulheres e raparigas capturadas eram dadas como esposas a Nguni sem que os maridos tivessem de pagar o Lobolo. Porém, a estrutura política de Gaza, era administrada pelo rei, com o auxílio da rainha, conselheiros, família real, governadores provinciais e dos comandantes militares. No Estado de Gaza, o imperador acumulava todos os poderes, dividia o império em capitais que serviam de templos, tribunais, cemitérios, fortalezas, quartéis e escolas de recrutas, dirigidas pelo próprio rei que passava a receber o título de Inkosi. As pessoas importantes da capital eram a rainha (Inkosikasi) e o governador (Hossana). O território do Inkosi encontrava-se dividido em províncias chefiadas por governadores (Hossana) cujas funções eram: nomear os indunas, resolver os litígios, mobilizar os regimentos, manter a ordem e cobrar o tributo. As províncias por sua vez subdividiam-se em distritos chefiados por Induna, nomeado por Hossana, cuja função era a indicação da área a ser ocupada pela povoação familiar (o Muti), chefiada por Mununusana. O estatuto de cativo não era hereditário, mas as guerras e as acções punitivas constantes, no interior fizeram com que houvesse sempre um bom número de cativos nas unidades domésticas Nguni. Sobre os cativos recaiam muitas tarefas produtivas, como o cultivo dos campos dos aristocratas Nguni, a pastagem do gado, o corte e transporte de lenha. As populações não integradas na estrutura dominante tinham a designação Tonga. Ideologia O exercício do poder real, entre os Ngunis não estava dissociado do exercício das cerimónias mágico religiosas. Todos os anos o rei chefiava alguns rituais ligados ao ciclo agrário. O mais importante destes rituais celebrava-se em Fevereiro e era determinado pelo aparecimento dos primeiros frutos. Era o Nkwaya (Incuala). O Incuala tinha a função de libertar as tensões sociais e transformava-se em factor de unidade e de prosperidade. Factores que constituíram fortaleza, habilidade que fez com este Estado se mantivesse independente foram: – A existência de maior número de habitantes nos finais do século XIX, criando obstáculo para os portugueses; – O centralismo do Estado e o reforço do poder local, pois que este Estado elegia indivíduos da confiança do rei para administrar os Estados distantes; – A mobilização constante dos súbditos num exército permanente, constituído por indivíduos da mesma idade designados regimentos (Butakas) que aprendiam as tácticas de guerra e os usos e costumes dos Ngunis. Esta aprendizagem ia até aos seus 50 anos. Debilidades do Estado – O Estado de Gaza foi um estado que resultou de uma conquista militar e era contestado com os grupos étnicos submetidos no estado; – A irritação do clã real por causa do intenso favoritismo de Ngungunhana em relação a muitos grupos não Ngunis, que passaram a ocupar cargos importantes o que era contestado. Isto criou um certo descontentamento dos grupos Angunis; – Esclerose da táctica militar, visto que Ngungunhana mantinha-se a carga com o seu exército empenhando a zagaias, enquanto do outro lado, estavam homens armados. Estes foram alguns aspectos que contribuíram para a decadência do Estado de Gaza. Elaborado por . denisderio Supeia
Uma optima noite para todos os estudantes mocambicanos e nao mocambicanos, atendendo e considerando que a cada dia que se passa eh uma escola de vida, dentao considero que todo o homem eh estudante e tem uma dada area especifica nele/a especializada. A unica educacaco que se pode dar a um indigena e aquela que o pode tornar num trabalhador ( Mouzinho de Albuquerque) Tendo como ponto de partida o pressuposto do ex governador geral de mocambique considero que, temos que fazer algo que torna de nos mesmos grandes trabalhores, mostrarmos com atitudes plenas e unicamente decisivas em qualquer ambito (...) Boa Noite, Beijos e Abracos Desderio Supeia historiador Mocambicano

terça-feira, 31 de maio de 2016

dear sister

Os Ajauas constituíram comunidades matrilineares conhecidas por Mbumba cuja autoridade máxima era designada ASYENE MBUMBA. Antes das grandes mudanças económicas e políticas surgidas durante os séculos XVIII e XIX, com o comércio de marfim e escravos, pode-se afirmar com alguma segurança que a sociedade Ajaua era caracterizada por uma economia agrícola, cultivando cereais diversos. As linhagens matrilineares organizavam-se localmente na base de um grupo de irmãs, de suas filhas casadas e dos filhos solteiros, todos sob chefia de um irmão mais velho designado por ASYENE MBUMBA, que podemos traduzir por Guardião da linhagem. O ASYENE MBUMBA para o exercício do seu cargo era obrigado a mudar a sua residência e das suas mulheres para a aldeia do grupo sororal. Como a maior parte dos trabalhos agrícolas (sementeiras, sacha e colheitas) eram feitos pelas mulheres e filhos solteiros, os homens adultos dedicavam-se a caça e a pesca em grande escala. Para além da agricultura, da caça e da pesca, os Ajauas desenvolveram o fabrico de instrumentos de ferro: enxadas, machados, armas. Com estes produtos, os Ajauas estabeleceram contactos comerciais com Quíloa, Zanzibar, Ibo e com Ilha de Moçambique. Nas viagens à costa do Índico, os Ajauas trocavam tabaco, artefactos de ferro, peles de animais e Marfim por sal, tecidos e missangas. A partir de 1840/50, os grandes Estados Ajaua das dinastias Mataca, Mtalica, Makanjila e Jalasi, tinha no comércio de escravos o pilar da sua economia. As jovens escravas obtidas nas razias eram tornadas esposas dos homens livres. O trabalho produtivo dos escravos (homens e mulheres) na agricultura e dos homens no artesanato aumentou consideravelmente o poder económico e político dos chefes e modificou o ordenamento habitacional do território Ajaua. É nessa época que surgiram as grandes aglomerações habitacionais onde viviam agrupadas as esposas dos chefes. O primeiro soberano Mataca tinha 600 esposas dispersas por oito aldeias, das quais um terço vivia na capital, Mwembe. A introdução maciça de armas de fogo e da pólvora contribuiu para a gigantesca empresa de caça ao homem e para afirmação do poder guerreiro e mercantil das dinastias Ajaua. A islamização da aristocracia Ajaua fortaleceu ainda mais o poder teocrático dos soberanos Mataca. Mtalica que passaram a ser designados e considerados por Xeicados. Materia Relacionada: Os Prazos da Coroa do Vale do Zambeze Os Estados Marave A Independência da Tanzania Elaborado por Desderio supeia, estudante de Historia com habilitacoes a sociologia
HISTÓRIA DO VOLEIBOL O voleibol foi criado em 9 de Fevereiro de 1895 pelo americano William George Morgan, diretor de educação física da Associação Cristã de Moços (ACM), na cidade de Holyoke, em Massachusets. A primeira bola de voleibol foi uma câmara de bola de basquetebol. Mais tarde, Morgan solicitou a firma A.G..Stalding &.Brothers a fabricação uma bola para o referido esporte. REGRAS BÁSICAS DO VOLEIBOL O espaço de jogo é um retângulo de 18 metros de comprimento por 9 de largura, e é dividido por uma linha central em dois quadrados com lados de nove metros que constituem as quadras de cada time. O objetivo principal éconquistar pontos fazendo a bola tocar na quadra adversária, ou fora da área de jogo após ter sido tocada por um oponente. Acima da linha central, é postada uma rede de material sintético a uma altura de 2,43m para homens ou 2,24m para mulheres (no caso de competições juvenis, infanto-juvenis e mirins, as alturas são diferentes). Cada quadra é por sua vez dividida em duas áreas de tamanhos diferentes (usualmente denominadas "rede" e "fundo"). A BOLA A bola empregada nas partidas de voleibol é composta de couro ou couro sintético e mede aproximadamente 65 cm de diâmetro. Ela pesa em torno de 270g e deve ser inflada com ar comprimido a uma pressão de 0,30 kg/cm2. ANTENAS Acima da quadra, o espaço aéreo é delimitado no sentido lateral por duas antenas postadas em cada uma das extremidades da rede. No sentido vertical, os únicos limites são as estruturas físicas do ginásio. O JOGO O voleibol é um jogo em que os jogadores usam as mãos para tocar a bola. Porém, não é permitido segura-la ou carrega-la. Controlada apenas por toques das mãos, a bola deve ser lançada para o campo adversário, e vice-versa, por cima da rede que divide os dois campos, até que a bola toque o chão. O jogo inicia com a bola sendo lançada para o campo do adversário por um jogador que se coloca atrás da linha de fundo de seu campo. Este lançamento é chamado saque. No saque a bola deve ser golpeada e não lançada. Ao contrário de muitos esportes coletivos, tais como o futebol ou o basquete, o voleibol é jogado por pontos, e não por tempo. Cada partida é dividida em sets que terminam quando uma das duas equipes conquista 25 pontos. Deve haver também uma diferença de no mínimo dois pontos com relação ao placar do adversário - caso contrário, a disputa prossegue até que tal diferença seja atingida. O vencedor será aquele que conquistar primeiramente três sets. O jogo termina quando um time completa três sets vencidos, cada partida de voleibol dura no máximo cinco sets. Se isto ocorrer, o último recebe o nome de tie-break e termina quando um dos times atinge a marca de 15, e não 25 pontos. Como no caso dos demais, também é necessária uma diferença de dois pontos com relação ao placar do adversário. COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES Cada equipe é composta por doze jogadores, dos quais seis estão atuando na quadra e seis permanecem no banco na qualidade de reservas. DISPOSIÇÃO DOS JOGADORES Os seis jogadores de cada equipe são dispostos na quadra do seguinte modo: No sentido do comprimento, três estão mais próximos da rede (jogadores de ataque) e três mais próximos do fundo (jogadores de defesa); e, no sentido da largura, dois estão mais próximos da lateral esquerda; dois, do centro da quadra; e dois, da lateral direita. Estas posições são identificadas por números: com o observador postado frente à rede, aquela que se localiza no fundo à direita recebe o número 1, e as outras seguem-se em ordem crescente conforme o sentido anti-horário. RODÍZIO O rodízio no Voleibol é o ato no qual os jogadores de uma equipe rodam na quadra, no sentido horário, trocando uma posição em relação a ocupada anteriormente. Quais são as posições de rodízio? As posições de rodízio vão de 1 a 6. Sendo que o jogador que ocupar a posição N° 1, sempre será o responsável, obrigatoriamente, de realizar o saque da equipe. Rede e Fundo: No Voleibol se denomina que os jogadores que ocupam as posições 4, 3 e 2 no rodízio estão “na rede” e os jogadores das posições 5, 6 e 1 estão “no fundo”. Quando ouvimos em uma transmissão de um jogo de Voleibol na TV, que a “rede” de determinada equipe é uma “rede” alta, a palavra rede aparece no sentido conotativo, já que a rede que o locutor está se referindo é referente aos jogadores que estão ocupando as posições 4, 3 e 2 no rodízio, que por sua vez, são os mais altos da equipe. Quando ocorrerá o rodízio? O rodízio ocorre todas as vezes em que uma equipe marca um ponto após o saque da equipe adversária. Ou seja, se sua equipe marcou um ponto após o saque do adversário, sua equipe deve rodar uma posição, no sentido horário. Já se sua equipe marcou um ponto após um saque de sua própria equipe, o rodízio permanece como está. Regras relacionadas ao rodízio: Primeira regra relacionada ao rodízio está relacionada ao saque, que sempre será feito pelo jogador que ocupar a posição 1 após um rodízio. Outra regra importante é que os jogadores que ocuparem as posições de “fundo” (1, 5 e 6) não podem atacar na linha de 3 metros, ou mesmo pisando nela. De forma, esses mesmos jogadores também ficam impedidos de bloquear, já que é impossível efetuar um bloqueio estando atrás da linha de 3 metros. SUBSTITUIÇÃO A substituição é um ato no qual um jogador, já registrado pelo Apontador(a), entra no jogo para ocupar a posição de um outro jogador, que deverá sair da quadra de jogo (exceto para o Líbero). Uma substituição requer a autorização dos árbitros.As substituições são limitadas: cada técnico pode realizar no máximo seis por set, e cada jogador só pode ser substituído uma única vez, devendo necessariamente retornar à quadra para ocupar a posição daquele que tomara originalmente o seu lugar. LÍBERO É um jogador com características exclusivamente defensivas. Só pode jogar atrás da linha dos 3 metros, e não pode executar nenhuma ação atacante na zona do campo onde lhe é permitido jogar. Tem a cor do uniforme diferente dos demais jogadores em quadra, para facilitar a sua identificação. Este jogador só pode jogar nas posições 1, 6 e 5, no momento da rotação (quando a equipa ganha o direito a servir). Se o libero estiver na posição 5 em campo, tem de ser substituído e só pode entrar em campo para substituir um dos jogadores que se encontrem na posição 1, 6 e 5 depois de uma das equipas executar o serviço. A entrada em campo do libero, isto é, sempre que este vai substituir um dos jogadores não exige a autorização do árbitro. FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL Saque - É o fundamento que dá inicio a partida, pode ser feito por cima(flutuante, viagem ao fundo do mar) ou por baixo (simples ou jornada nas estrelas). Recepção - Acontece após o saque, a técnica usada para fazer a recepção é a MANCHETE e o objetivo do jogador que faz a recepção é colocar a bola na mão do levantador. Levantamento - Acontece após a recepção, a técnica utilizada é o TOQUE e tem como objetivo preparar a bola para um ataque. Ataque - O ataque é feito após o levantamento, a técnica usada para fazer o ataque é a famosa CORTADA e tem como objetivo "cravar" a bola na quadra adversária. Defesa - Acontece após um ataque quando não o bloqueio não funciona, a técnica mais utilizada para fazer a defesa é a MANCHETE, porém, a defesa pode ser feita com qualquer parte do corpo, inclusive com os pés. Bloqueio - Acontece após o ataque, é feito próximo a rede e com os dois braços erguidos e esticados. Tem como objetivo bloquear o ataque de forma que a bola caia na quadra adversária. Fundamentos Técnicos: Gerais: Posição Básica Toque de Bola ( toque e manchete) Deslocamentos Ofensivos: Saque Levantamento Cortada Defensivos: Recepção Defesa Bloqueio Fundamentos Táticos Ofensivos: Cortada Levantamento Saque Sistema Tático Ofensivo Contra-Ataque Defensivos: Defesa Bloqueio Armações Defensivas POSIÇÃO BÁSICA Os Pés afastados, lateralmente, estando um deles ligeiramente à frente do outro, pontas dirigidas para frente; pernas semi-flexionadas, com os joelhos orientados na mesma direção dos pés; tronco ligeiramente inclinado; peso do corpo igualmente distribuído sobre as pernas; braços separados e voltados para frente; antebraços flexionados, estando as mãos com os punhos um pouco estendidos, à altura do rosto; dedos separados; polegares quase se tocando; cabeça elevada com o queixo um pouco acima da horizontal. TOQUE Braços semi-flexionados, as mãos abertas imitando a forma da bola e cotovelos paralelos ao corpo, as pernas semi-flexionadas, mantendo uma boa base de equilíbrio, sempre com uma perna à frente, impulsionar pernas e braços num movimento bem sincronizado e natural. DESLOCAMENTOS Da posição básica, os jogadores devem iniciar seus deslocamentos na quadra. Assim sendo, as partidas rápidas, paradas bruscas, saltos, mudanças de direção, trocas de posição e etc., devem ser analisadas e praticadas constantemente, pois, o manejo do próprio corpo é de importância fundamental na prática de qualquer desporto e cresce essa importância quando se trata do voleibol em virtude da variedade e rapidez de movimentos próprios desse grande desporto. SAQUE Definição: É o ato de enviar a bola da área de saque para a quadra contraria pelo atleta posição 1, que devera golpeá-la com parte do braço. Para o golpe, a bola devera estar solta. Será direcionada para a quadra do adversário e passar por sobre a rede e entre as antenas. Classificação do Saque: Trajetória regular Tênis Balanceado americano. Tênis cortada (viagem) Trajetória irregular (Flutuante): Tênis Balanceado japonês Qualidades desejáveis no saque: Regularidade Precisão Potência Pontos mais importantes na realização do saque: Controle da bola Sua velocidade Mudanças de direção Efeito da bolano espaço: Com rotação Sem rotação TIPOS DE SAQUE Saque por Baixo É um saque simples e também fácil de executar. De frente para a quadra, pé esquerdo à frente, mão esquerda segurando a bola, você deve fazer, com o braço direito, um movimento de trás para a frente, golpeando a bola quase simultaneamente à sua liberação pela mão esquerda à frente do corpo. A mão que bate na bola poderá estar espalmada ou fechada. Para os canhotos, valem os mesmos movimentos no sentido inverso. Saque por Cima (Tipo Tênis) O saque por cima é o mais utilizado no voleibol, pelas variações que oferece em relação a trajetória da bola, local onde se queira sacar e distância que se queira atingir. Por tudo isso, você deve treinar bastante para uma perfeita assimilação deste saque. LEVANTAMENTO O levantamento é normalmente o segundo contato de um time com a bola. Seu principal objetivo consiste em posicioná-la de forma a permitir uma ação ofensiva por parte da equipe, ou seja, um ataque. A exemplo do passe, pode-se distinguir o levantamento pela forma como o jogador executa o movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e "levantamento de manchete". Como o primeiro usualmente permite um controle maior, o segundo só é utilizado quando o passe está tão baixo que não permite manipular a bola com as pontas dos dedos, ou no voleibol de praia, em que as regras são mais restritas no que diz respeito à infração de "carregar". CORTADA É o gesto mais espetacular do jogo. Consiste no ato de golpear a bola para a quadra adversária na tentativa de vencer o bloqueio e a defesa contrária. Suas qualidades necessárias são: regularidade, precisão, potência. O cortador deverá considerar o seu repertório técnico, a qualidade do levantamento, a área coberta pelo bloqueio, armação de defesa adversária, a situação do jogo e do set. FUNDAMENTOS OFENSIVOS O Sistema ofensivo é definido a partir de alguns fatores fundamentais: Aproveitamento das aptidões e características individuais dos atacantes, do levantador e dos jogadores que recepcionam o saque; Elaboração das combinações de ataque e algumas opções, distribuindo os atacantes a fim de equilibrar cada uma das 06 passagens de rede. RECEPÇÃO É uma ação de defesa em que o jogador tentará receber a bola do adversário efetuando um passe para o levantador. Esse fundamento influência na continuidade do jogo, que pode ser facilitada ou não para o time. A forma básica de recepção é a manchete e a movimentação em direção à bola pode ser para frente, na lateral, na diagonal, com mergulho e com rolamento. BLOQUEIO É a tentativa de interceptar a bola vinda da quadra contrária, atacada sobre a rede por um ou mais jogadores de ataque. São finalidades fundamentais do bloqueio: deter ou amortecer a bola vinda do adversário, reduzir as áreas de ataque, dificultar a ação do atacante. Os principais erros ao efetuar um bloqueio são: Saltar embaixo da rede, braços ao longo do corpo, saltar em extensão, ficar muito longe da rede, saltar junto com a bola -esta estando nas mãos do levantador. DEFESA É a ação de recuperar as bolas vindas do ataque adversário que ultrapassam o bloqueio e de criar condições para o contra-ataque. Exige concentração, coragem e agilidade. Para facilitar os deslocamentos rápidos ou mesmo quedas a posição de defesa baixa é a melhor. Os defensores devem analisar: armação de defesa da própria equipe, forma e tipo de levantamento do adversário, distribuição imediata dos demais defensores e bloqueadores. FUNDAMENTOS DEFENSIVOS Na defesa, os jogadores se colocam e se deslocam sobre a quadra com o objetivo de neutralizar os ataques adversários criando condições de contra-atacar. Existem dispositivos táticos distintos para a recepção de saques e para a defesa de ataques dos cortadores adversários. As ações de defesa se realizam, na maior parte das vezes, sem bola. A utilização dos esquemas táticos e emprego das combinações táticas na defesa dependem da qualidade da preparação da bola na quadra adversária.

domingo, 8 de maio de 2016

Os Estados Mwenemutapa
Por volta de 1450, o Grande Zimbabwe foi abandonado pela maior parte dos seus habitantes. O Estado de Muenemutapa é formado a partir de um movimento migratório do Grande Zimbabwe, dos povos Caranga-Chona, para a região do vale do Zambeze, na sequência da invasão e da conquista por exércitos dirigidos por Nhatsimba Mutota, ocorrida por volta de 1440-1450. Desenvolveu-se entre, os rios Mazoe e Luia, o centro de um novo Estado chefiado pela dinastia dos Muenemutapa, que dominou e subordinou a população pré-existente. A capital do império era Dande.
O grosso dos efectivos do grupo invasor deu origem no vale do Zambeze a uma etnia denominada pelos povos locais por Makorecore. Constituíram excepção da subordinação os Tonga, matrilineares porque não falavam a língua Chona. RECAMA (2010:22)

O núcleo central que a dinastia governava directamente entre, os rios Mazoe e Luia, era circundado por uma cintura de Estados Vassalos cujas classes dominantes constituídas por parentes dos Muenemutapas e opor estes a rebelar-se quando o poder central enfraquecia. Entre os Estados vassalos do Estado de Muenemutapa encontravam-se Sedanda, Quissanga, Quiteve, Manica, Bárrué e Maungwe. Os seus chefes pagavam tributo ao Muenemutapa reinante e eram confirmados por este quando subiam ao poder.
Os Muenemutapas dominaram a sul do Zambeze até finais do século XVII, perdendo depois a sua posição em favor da dinastia dos Changamire Dombo, cujo papel no levante armado contra a penetração mercantil portuguesa.
Nos seus traços mais gerais, a sociedade Chona caracterizava-se pela coabitação no seu seio de dois níveis sócio-económicos distintos: de um lado a comunidade aldeã, designada por Musha ou Incube, relativamente autárcica e estruturada pelas relações de parentesco; do outro lado a aristocracia dominante (que se confundia com a família que reinava e esta com o Estado), que controlava o comércio a longa distância e dirigindo a vida das comunidades.

A comunidade aldeã ( Actividades económicas )
A actividade produtiva essencial das comunidades aldeãs Chona baseava-se na agricultura. Os principais cereais cultivados eram aMapira, a mexoeira, o naxemim e o milho. Ao longo dos rios e sobretudo na zona costeira e solos aluvionares, cultivava-se oarroz, usualmente para venda. O nível das forças produtivas ainda era baixo. Nos trabalhos agrícolas utilizavam a enxada de cabo curto e a agricultura praticava-se sobre queimadas. A pecuária, a pesca, a caça, bem como o artesanato surgiram como apêndices complementares da agricultura, submetendo-se aos imperativos do ciclo agrícola.
O trabalho nas minas aparecia como imposição do exterior (da aristocracia dominante ou de comerciantes estrangeiros), não fazendo parte integrante da actividade produtiva normal.
Com o decorrer do tempo, a penetração árabo-persa e portuguesa trouxe novas necessidades (bens de prestígio), as quais voluntária ou coercivamente levavam a população das comunidades a praticar a mineração do ouro em escala considerável. O ouro localizava-se nas regiões como: Chidima, Dande, Butua e Manica
As Mushas que integravam no geral uma família no sentido lato ou um grupo de famílias com o mesmo antepassado, o muri, viviam num regime de auto-subsistência e estavam fundamentalmente orientadas para a produção de valores de uso. Todas as relações entre os membros da sociedade Chona, ao nível das Mushas, eram fundadas no parentesco. Acima das Mushas, como entidade superior erguia-se a aristocracia dominante.

A religião e o poder Ideológico
Segundo Bica Ismael (2010:77), a religião e o poder do culto dos antepassados continuaram a ser a base ideológica do império. Para o exercício do culto existiam existiam os Swikiros, que afirmam os antepassados e estabelecer a ligação entre os seres vivos e os mortos.Viviam associados a classe dirigente e eram um dos suportes de seu poder  

Aristocracia dominante

Na sociedade Chona, o Estado era personificado na pessoa do soberano, o Mambo, que devia desligar-se da sua origem terrena para conferir à realeza, um carácter sagrado. Tornava-se assim o representante supremo de todas as comunidades, o símbolo da unidade de interesses dessas comunidades. Para quebrar todas as ligações com a sua linhagem, e se tornar representante de toda a sociedade, indiferente às rivalidades familiares, o Mambo cometia no momento da sua entronização, o incesto com uma parente próxima, infringindo desse modo o mais absoluto interdito. Daí que a principal mulher do Monomotapa era a sua própria irmã.
A autoridade efectiva do Mambo processava-se através dos seus subordinados territoriais que integravam um complexo aparelho de Estado. Esquematicamente a estrutura político administrativa pode ser representada da seguinte maneira:

Organização Politica e Administrativa
1.      Mambo: chefe supremo.
2.      Mazarira, Inhahanca e Nambuiza: três principais esposas do soberano com importantes funções na administração.
3.      Nove altos funcionários: responsáveis pela defesa, comércio, cerimónias mágico-religiosas, relações exteriores, festas, etc.
4.      Fumos ou Encosses: chefes provinciais
5.      Mukuru ou Mwenemusha: chefes das comunidades aldeãs ou das Mushas.
6.      As Mushas
O mambo possuía alguns funcionários subalternos: Mutumes (mensageiros) e os Infices (guarda pessoal do soberano – Mambo). RECAMA (2006:23)
Há que notar aqui que elegia-se Fumo a quem tivesse maior riqueza material. Depois que ficara pobre, a comunidade destituía-o através de uma cerimónia pela qual lhe eram atribuídos certos símbolos de prestígio (um bordão e um chapéu de palha). O fumo deposto passava a pertencer ao grupo dos “grandes” por mérito.
Salientar que semelhante controlo não operava ao nível dos Mambos, geralmente oriundos da aristocracia invasora descendente de Mutota, na qual a transmissão do poder se fazia por via hereditária.
Articulação entre a aristocracia dominante e as comunidades Mushas
A articulação entre a aristocracia dominante e as comunidades aldeãs encerrava relações de dominação/subordinação e exploração do homem pelo homem, materializadas pelas obrigações e direitos que cada uma das partes tinha para com a outra. As comunidades aldeãs (Mushas) sob direcção dos Mwenemushas, garantiam com o seu trabalho a manutenção e reprodução da aristocracia dominante e esta concorria para o equilíbrio e reprodução social de toda a sociedade Shona com o desenvolvimento de inúmeras actividades não directamente produtivas.
Obrigações das Mushas
– Prestar 7 dias de trabalho mensais nas machambas do Mambo;
– Construção de casas para os membros da classe dominante (ZUNDE);
– Mineração do ouro para alimentar o comércio a longa distância que garantia a importação de produtos para a sociedade Shona, os quais ascendiam a categoria de bens de prestígio (missangas, tecidos, louça, porcelana, vidros, etc).
– Pagamento de imposto em primícias das colheitas (tributo simbólico) e uma parte da produção agrícola (regular);
– Entrega de marfim, peles de animais e penas de algumas aves;
– Entrega de materiais de construção de residências da Classe dominante, como pedras, estaca, palha, etc.
Obrigações da Classe dominante
– Orientar as cerimónias da invocação da Chuva;
– Pedir aos Muzimos reais (espíritos dos antepassados reais) a fertilidade do solo, o sucesso das colheitas;
– Garantir a segurança das pessoas e dos seus bens;
– Assegurar a estabilidade política e militar no território;
– Servir de intermediário fiel entre os vivos e s mortos;
– Orientar as cerimónias mágico-religiosas contra as cheias, epidemias e outras calamidades.
Os mambos eram garantes da fecundidade da terra e depositários da ordem do território e constituíam os antídotos mais eficazes contra o caos. A sua morte significava a perda da estabilidade. Quando morria um Mwenemutapa e até a eleição do novo mambo, o poder era exercido por um personagem que usava o nome de Nevinga. Sem ser portador de qualquer atributo régio, era morto logo após a eleição de um mambo de direito.
A eleição do verdadeiro mambo, constituía motivo de festa porque se acreditava ter a ordem sido reposta com o importantíssimo papel de mambo vivo, que tamanha admiração e entusiasmo causa aos seus crédulos adoradores.
Papel das crenças mágico-religiosas ou aparato ideológico dos Mwenemutapa
As crenças mágico-religiosas sempre jogaram um papel muito importante para a manutenção do poder e da coesão social. Praticavam cultos dedicados aos espíritos dos antepassados. Existiam alguns termos que serviam para designar Deus: Mulungu, utilizado nas terras marítimas, ao longo do vale do Zambeze e a nordeste do planalto zimbabueano e Mwari a sul do planalto. Entre os Muzimu mais temidos eram os dos reis.
Esta prática regular as classes dominantes do estado dos Muenemutapas e dos estados satélites contactarem regularmente com os seus Muzimu através de especialistas médiuns designados por Pondoros ou Mondoros (leões). O Muenemutapa Matope, o segundo da dinastia declarou que o seu espírito era imortal, esse metamorfoseava num Leão, pelo que matar um Leão era considerado um crime imperdoável.
Os médiuns (Swikiros)  estavam estreitamente associados ao poder político e especialmente às sucessões. Deviam conhecer profundamente a História genealógica e na sua maioria eram estrangeiros, para assegurar imparcialidade em caso de arbitragem nos conflitos sucessórios. Os Swikiros constituíam os suportes das classes dominantes e estas as executoras das ordens dos antepassados, mortos em vida e vivos na morte.

Ciclo do Ouro No estado de Mwenemutapa
Todo esse aparato ideológico contribuía para assegurar a reprodução social Chona e das desigualdades sociais existentes. Porém, o poder dos Muenemutapas e dos mambos em geral, não advinha apenas das rendas e dos tributos que recebiam regularmente. O comércio a longa distância (ouro) era a outra fonte do poder dos mambos.
A fixação portuguesa fez-se inicialmente no litoral, com a fundação da feitoria de Sofala em 1505 e na ilha de Moçambique em 1507. Esperavam através de Sofala, controlar as vias de escoamento do ouro e do marfim em pequena escala do interior.
Muito antes da chegada dos mercadores portugueses em Moçambique, os Swahili-Árabes se encontravam na região, controlando o ouro vindo do império de Muenemutapa através do rio Zambeze até aos portos de Quelimane e Angoche. A partir de 1530, os portugueses penetraram no vale do Zambeze fundando as feitorias de Sena e Tete em 1530 e a do Quelimane em 1544. Trata-se agora de não controlar as vias de escoamento do ouro, mas sim do próprio acesso as zonas produtoras do ouro, entrando em contradição com os Swahili-Árabes.
Na sua penetração, os portugueses utilizaram a religião cristã católica, organizando assim em 1561 uma expedição missionária a corte do Mwenemutapa reinante chefiada pelo padre Jesuíta Gonçalo da Silveira com o objectivo de converter a classe dominante à religião católica tendo conseguido baptizar o Mwenemutapa e a sua família com o nome de D. Sebastião. Para os portugueses ter o Muenemutapa e a sua família baptizados serviria de trampolim para a concretização dos seus planos:
– Marginalizar os mercadores asiáticos;
– Influenciar as decisões políticas do imperador em seu benefício;
– Monopolizar o comércio do ouro;
– Promover manobras no sentido de se alargar o período que os camponeses dedicavam á produção de valores de troca (ouro) em detrimento da produção de valores de uso e consumo (agricultura).
O padre Gonçalo da Silveira é acusado de feiticeiro e é morto e como retaliação aos acontecimentos de 1561, os portugueses enviam uma expedição militar chefiada por Francisco Barreto em 1571 com o objectivo de conquistar as zonas produtoras do ouro e punir o imperador reinante. Devido a grande coesão no seio da classe dominante e as doenças tropicais explicam em grande medida a derrota que sofreram.
A primeira década do século XVII, marcou o início de uma nova era no estado dos Muenemutapas. A classe dominante encontrava-se envolvida em profundas contradições e lutas intra e interdinásticas. Gatsi-Lucere, imperador sentindo-se militarmente impotente para debelar a revolta comandada por Mathuzianye, viu-se obrigado a solicitar o apoio militar português. Como recompensa, o Muenemutapa reinante prometeu em 1607 a concessão aos portugueses de todas minas do estado.
Com a morte de Lucere, em 1627, o imperador Capranzina que representava uma facção oposta aos interesses mercantis portugueses foi deposto e substituído por seu Tio Mavura. Os portugueses baptizaram Mavura pelo nome de Filipe.
O processo do comprometimento do novo imperador culminou com a assinatura no mesmo ano (1629) do tratado, designado por tratado de Mavura que transformou o império num estado vassalo de Portugal. Por este tratado, a aristocracia de Muenemutapa ficou obrigada a:
– Permitir a livre circulação de homens e mercadorias isentas de qualquer tributo;
– A obrigatoriedade de o Muenemutapa consultar o capitão português antes de tomar qualquer decisão importante;
– Não exigir aos funcionários e mercadores portugueses a observância das regras protocolares quando recebidos por autoridades e altos dignatários da corte (descalçar os sapatos, tirar o chapéu, bater palmas, ajoelhar, etc);
– Não obrigar os mercadores portugueses a pagarem impostos inerentes a sua actividade;
– Aceitar uma força constituída por 50 soldados portugueses na corte;
– Expulsar os mercadores asiáticos do império;
– Permitir a construção de igrejas no território.
O imperador com o tratado de vassalagem deixou de representar e executar a vontade dos antepassados para agir como um simples intermediário entre os interesses do capital mercantil português e as comunidades aldeãs. Os camponeses das muchas eram obrigados a trabalharem mais tempo na mineração do ouro em prejuízo da agricultura. A fome, as epidemias, a morte de mulheres e crianças nas minas passaram a caracterizar a sociedade Shona.
O fim da presença portuguesa no império de Muenemutapa deu-se em 1693 quando Changamire Dombo, chefe de Bútua levou a cabo a uma expedição militar contra os portugueses, tendo em dois anos expulsado os portugueses e obrigando-os a atravessar o rio Zambeze e se fixarem na margem esquerda, marcando assim o fim da fase do ouro e início da fase de marfim.
Causas da decadência do império de Muenemutapa
– Fixação dos mercadores portugueses na costa;
– Lutas pela sucessão;
– Falta de um exército permanente;
– A interferência dos estrangeiros, sobretudo dos portugueses nos assuntos internos do estado;
– Invasão dos Ngunis;
– Alianças dos sucessores dos Muenemutapa reinante aos portugueses.












Índice
Introducao…………………………………………………………………………………………1
Estado de Mwenemutapa………………………………………………………………………….2
Actividades Económicas…………………………………………………………………………..2
Organização sócio-política………………………………………………………………………...3
Papel da Ideologia…………………………………………………………………………………4
Decadência do estado……………………………………………………………………………..5
Ciclo do ouro……………………………………………………………………………………...6
Conclusao…………………………………………………………………………………………7
Referencias Bibliograficas………………………………………………………………………...8





Introdução
O Presente Trabalho da cadeira de Historia ira abordar os seguintes temas: Estado de Mwenemutapa, Localização temporal e espacial do Estado, actividades económicas, organização sociopolítico, decadência do estado e papel da ideologia dentro do estado de Mwenemutapa, e o ciclo do ouro. A Pertinência do tema intitulado é de grande importância para a historia em particular de Moçambique medida em que da uma visão ampla da sua formação e ideologia. Objectivos específicos são: Conceituar o estado de Mwenemutapa, Ideologia e caracterizar a formação deste estado e as Metodologias usadas foram: Métodos de investigação científica e Métodos de pesquisa Bibliográfica.    



















Conclusão
Durante o trabalho de Campo Ficou claro que:  Por volta de 1450, o Grande Zimbabwe foi abandonado pela maior parte dos seus habitantes. O Estado de Muenemutapa é formado a partir de um movimento migratório do Grande Zimbabwe, dos povos Caranga-Chona, para a região do vale do Zambeze, na sequência da invasão e da conquista por exércitos dirigidos por Nhatsimba Mutota, ocorrida por volta de 1440-1450. Desenvolveu-se entre, os rios Mazoe e Luia, o centro de um novo Estado chefiado pela dinastia dos Muenemutapa, que dominou e subordinou a população pré-existente. A capital do império era Dande; que grupo invasor deu origem no vale do Zambeze a uma etnia denominada pelos povos locais por Makorecore,  crenças mágico-religiosas sempre jogaram um papel muito importante para a manutenção do poder e da coesão social. Praticavam cultos dedicados aos espíritos dos antepassados. Existiam alguns termos que serviam para designar Deus: Mulungu, utilizado nas terras marítimas, ao longo do vale do Zambeze e a nordeste do planalto zimbabueano e Mwari a sul do planalto. Entre os Muzimu mais temidos eram os dos reis, (Swikiros)  estavam estreitamente associados ao poder político e especialmente às sucessões. Deviam conhecer profundamente a História genealógica e na sua maioria eram estrangeiros, para assegurar imparcialidade em caso de arbitragem nos conflitos sucessórios.














Referencias Bibliográficas
RECAMA, Dionísio Calisto, Historia de Moçambique, da Africa e Universal, Plural Editores, Maputo, 2006.









Elaborado por  denisderio supeia























Trabalho de investigação de Historia: Estado de Mwenemutapa e o ciclo do ouro

                        
                                                                                  
                                                          Data; 21/03/2016

relaxando depois de um dia de grande trabalho

processo de ensino e aprendizagem. boa tarde
optima tarde., para todos vos

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Está do Zimbabwe

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estado-mwenemutapa-zimbabwe

Os Estado de Zimbabwe

O Estado de Zimbabwe existiu, aproximadamente entre 1250 e 1450.a classe dominante fez rodear as suas habitações de amuralhas de pedra conhecidos por Madzimbabwe (singular Zimbabwe). Essas amuralhadas não traduziam apenas uma ostensiva demonstração de poder, mas também tinham a função de protegê-la militarmente.
Na capital, grande Zimbabwe concentrou-se grande parte do poder político e económico. Havia aí vários recintos circundados por pedra, na planície e na colina, igualmente grande cidade de caniço, cujos vestígios arqueológicos cobrem hoje uma importante superfície.
Além do grande Zimbabwe, são conhecidos vários centros regionais igualmente circundados por muros de pedra como Manyikeni.
Situado a 50Km da Baia de Vilanculos e a 450 do Grande Zimbabwe, Manyikeni insere-se pela sua arquitectura, materiais arqueológicos e datações absolutas. As investigações mostraram que foi continuamente habitado entre 1170-1610. A construção de amuralhado data do século XIII.
Entre os séculos XVI e XVII, Manyikeni fazia parte do território de Sedanda, o qual segundo a tradição oral fora um estado satélite do Império dos Muenemutapas. Manyikeni constituía a sede de uma dinastia e entreposto comercial, controlava a Baia de Vilanculos e assegurar um rápido escoamento de mercadorias.
Entre os produtos importados por Manyikeni contavam-se missangas de vidro colorido, porcelanas, louça vidrada e finas garrafas de vidro. De possível manufactura local foram enxadas, pregos, machados, um elegante gongo, contrapesos de roca feitos de barro para fiação do algodão e consideráveis quantidades de olaria. Todos esses produtos assemelhavam-se aos dos centros regionais e aos do próprio grande Zimbabwe. Verifica-se uma relativa concentração de bens de prestígio (gongo – instrumentos muitas vezes ligados ao poder real na África central: missangas, porcelanas, lamas e vidros) reservados a classe dominante.
O abandono ou marginalização de Manyikeni, nos séculos XVI-XVII está relacionado com a implantação da autoridade político-militar portuguesa em Sofala (1505) e na Ilha de Moçambique (1507), bem como com a fragmentação do Zimbabwe nos Estados Bútua e Muenemutapa a partir do século XV.

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